quinta-feira, 6 de agosto de 2009

A Volta dos que não foram- temporada 58-episódio 600&alguma coisa

Bom. Para quem gostava da sua performance, é bom saber que Paula Abdul deixou o corpo de jurados inatingíveis do “American Idol” por razoe$ mais em conta com o sucesso da ex-cantora. A relação tumultuada com o programa teve início no início desse mês, quando Paula trocou de empresário. Esse, assumindo o papel de midiaman da coisa , desmentiu Paula em público quando a cantora declarou que estaria na equipe de “American Idol” na próxima temporada e Ele disse que não, que não haviam sido acertadas as agendas contratuais, etc, e mais toda linguagem nerd necessária para essas ocasiões conflitantes.
É bom começar com uma notícia boa, mas crônica de morte anunciada para comentar o brutal esqueciência de atualizar o blog, pois até coisa eu já tinha separado- ia falar dessa nova inquisição comportamental que está investindo contra quem fuma, como se isso( fumar) sempre tivesse sido um câncer na sociedade. Exemplo? Aqui em BH, a partir do próximo dia 7 está proibido o fumo em qualquer lugar fechado. E o direito de propriedade mais uma vez é atropelado pelo zelo de alguém imbuído de fazer cumprir uma lei seca. Se bem que essa lei é pecuniária. Fumo já deu pena de morte, inclusive aqui no Brasil!(Século 16). Assim, considero todos esses cristãos novos que dizem “não” ao tabaco, mas se torturam toda a noite sonhando com um cigarro, um bando de débeis mentais sem força de vontade. Eu não fumo desde 1994 e nunca pensei num cigarro. Parei de onda e nunca mais botei um cigarro comercial na boca. Fumava três maços de Belmont por dia.
Mas , para mim, o grande lance da semana está sendo um programa antigo, completamente obsoleto, mas que me deram um de presente com crack e tudo! É o VIRTUALDJ 2.0- que deve ser de 2002( já está na versão 5.2) e, que nessa versão, é o contexto certo para qualquer coisa nonstop. Falta a acessibilidade aos efeitos( nessa interface é tudo meio confuso. Ainda não haviam penteado o design), mas grava em MP3 e tem a ferramenta certa para mixar tudo com qualquer coisa. Genial! E daí fazer que nem junkie experimentando droga nova. Só deu o VirtualDJ.
Fui tentar ver a entrega do Prêmio Multishow ontem, mas dei uma capotada da qual a unidade de resgate me deu sinal de vida as 3 da manhã. Meu cachorro, fiel boêmio, ficou lá me vigiando e só veio para a cama coletiva junto comigo.
Vou levar ele para dar uma volta. Melhor que ficar aqui, sem assunto, escrevendo como Michael Jackson está vendendo na Europa, Num morreu maria? Foda-se!

terça-feira, 4 de agosto de 2009

A Vida Saltimbanca de Um Fuçador

Sempre fui. Venho fuçando condignamente há 58 anos e descobri coisas do arco voltaico, quanto mais do arco da velha! Tudo que eu quis saber eu aprendi sozinho. Só matemática é que tive que dar uma decorada, até o dia em que ela era preciso a todo o momento.
Também mulher eu aprendi fuçando. E foi fuçando que descobri coisas muito gostosas. Existe toda uma ética nesse segmento de fuçadas, pois uma fuçada errada é chato para caralho literalmente falando. As vezes você pode até perder o nariz, caso ele esteja armado de faca.
Fuçando aqui, fuçando ali eu, só para me divertir imaginando como seria a minha rede de fast food, nasceu a ‘FOODELIVERY”, que atendia a pedidos pelo “FOODISCADOR” – O TELEFONE DRIVE THRU DA FOODELIVERY”. E foi pensando boganes delirantes que nasceu todo o formato da América 1, da ExtraFm, da Fm Itatiaia, da Fm 97 Especial e de muita coisa maluca em termos de promoção que deu certo e marcou época.
Quando rádio se customizou na cidade de BH, demos a partida com o Point 103 – o teu Ponto de Encontro, patrocinado pela Red Point, uma griffe de jeans então em moda na cidade. Hoje você vê Happy Hour na Tv a Cabo e acha o maior barato. Naqueles tempos bíblicos você poderia ficar preso no engarrafamento ouvindo o “Hora Extra”- numa rdaio que não era êxtra e sim extra. Extra é bilhete de cinema, nós sempre fomos ExtraLight, Extraglide e ExtraBright!
Agora, que eu incorporei a microinformática na vida, penso em função dela. Modelo bancos de dados e outros softwares de gerenciamento, apesar de ter uma base full length razoável e bem menos open source que o necessário.
Sei que um retorno à Freqüência é mais do que improvável, mas me acenaram firme com a possibilidade. Resta ver a proposta. Vamos ver no que dá. “The return of The Hacker”( A volta do Fuçador). Aguarde, no receptor de radio mais próximo da tua zorêia, mia fia!!!!!

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Agôsto A Gosto!

O mês dos gêmeos nunca me impressionou muito. Como estou acostumado a ver o igual se perpetuar em qualquer nível, esse predicado do oito não me deixa meio perturbado como aos outros. Para mim é um mês como qualquer outro, ó fazendo diferença no impacto que ele causa ao penetrar na vida diária.
As aulas voltam , pais que estavam vagabundeando com os filhos na Europa ou nas escarpas do galo voltam a atravancar o tráfego com seus carros, ao levarem as secretárias para almoçar no motel. Suas mulheres voltam a atravancar o tráfego em volta dos shopping centers ou nas pistas de autorama dos garotos de programa. As cadeiras das praças de alimentação voltam a sumir, as praças de alimentação superlotam, os caixas eletrônicos não dão vazão- Eeh! Como é deliciosa a vida moderna, né mesmo?
Eu mudei de bairro. E também mudei de vida. Moro a uma boa distância do centro. Se fosse em termos de Rio é como eu morasse em Botafogo e o centro fosse a Praça Paris. Se aqui todo mundo acha longe eu acho moleza! É porque eles nunca moraram na zona sul e tiveram aula Fluminense, naquele campus lá de Icaraí. Indo de ônibus pela ponte, para o passeio ficar mais divertido ainda.
Aqui no meu bairro novo tem de tudo um pouco. Só não tem agência bancária, que ficam na avenida de ligação com o centro( todas as agências). Supermercado e hortifruti tem dois na esquina, dando até para escolher, além de todo um básico de bairro, incluindo uma banca de jornal legal e um tem-tudo que me abastece de coisas inusitadas e, as vezes, necessárias.
Moro num térreo adorado pelo cachorro, que late a qualquer aproximação nas janelas e na porta de entrada. O alerta não tem hora para ser dado. Principalmente quando, pelo timbre e entonação do latido, você sabe que o cachorro está fazendo manha.
Som eu só ouço de fone para não incomodar a vizinhança. E por aí vai minha vidinha burguesa se desfiando . Num sei se estou vivendo bem ou mal, mas bani o agito. Vida noturna eu nunca tive certa, a não ser quando a azaração era palavra de ordem. Aí, me achar em casa só doente, desprezado ou espancado.
Aqui em BH até que eu não provei muito da farinha do desprezo. Todas as mulheres que pintaram foram sobremesas de gosto novo, algum mais doce, outro mais apimentado, mas nunca ficamos no preju´zio, nem eu nem a parte interessada.
Logo que cheguei, em 1984, uma das casas noturnas da moda se chamava “Le Galop”. Ela pertencia a um figurão do society, conselheiro do Clube Atlético Mineiro, mas não era lá boite de classe. Era mais dançante e democrática que a Tom Marrom – a verdadeira casa socialite da cidade. Uma noite, cheguei, entrei e me dirigi ao bar, que ficava na antecâmara do salão de dança. Enquanto eu metia um natu nobilis duplo para dentro, senti que estava sendo observado por uma morena cheinha, de cabelo cortado a pagem, pintado de preto. Na maquiagem, olhos feitos e um batom vermelho Ferrari mais cheguei do que qualquer outra coisa. Olhei para ela na azaração e ela me olhou bem nos olhos. Dei um sorriso e captei no olhar a mensagem de que eu era o cara. Chamei para dançar e pelo desequilíbrio apresentado, vi que ela estava acometida de labirintite etílica. E fomos para a pista. Devemos ter saído de lá num piloto automático estilo NASA daqueles. Acordei no dia seguinte sem reconhecer meu quarto. Pensei:”Iihhh!..... Aconteceu de novo”. Amnésia etílica. Aí, murmurei....”Onde é que eu estou heim, porra”, ouvi de lá...”Na avenida Paraná 440, apto 803”.......Quando me virei para ver quem falava as minhas costas, me dando uma cocadinha gostosa, tava lá a morena cheinha, me olhando gostoso e cum sorriso de que eu não me saira mal na madrugada. Távamos os dois peladins, peladins. Nos abraçamos. Era domingo e foi sendo até eu sair de lá ad cinco da tarde, com instruções de como chgar em casa sem se perder. “Te ligo mais tarde?”, Ela fez que sim com a cabeça. Liguei para o telefone dado. Era engano. Pensei..”Filha da Puta”.......Nunca mais a vi. Também era Agosto. De 1984.

domingo, 2 de agosto de 2009

Picaretas, pás, enxadas e outras ferramentas

As vezes você não sente que o país está sem tesão? As campanhas promocionais estão erradas, o marketing também e todo o dominó desencadeado por estas assessorias especializadas está indo pela contramão do consumo.Ou?...........testando hipóteses.
Qual será a hipótese que a “CBN- A Rádio que Toca Vinheta” estaria testando. “Vamos repetir toda mentira criada à exaustão. Todas as manchetes serão de notícias que a concorrência já deu. Quando os noticiários de meia hora não tiverem manchete de impacto, repetir a anterior, reescrevendo a chamada!” propõe o iluminado geral na famosa reunião das segundas feiras às 09h00.” Horário Local? Faz só com o extremamente necessário. Qualquer prioridade de rede deve ser dada as cabeças de S.Paulo e do Rio. Brasília só se o Lula Morrer de Coma Alcoólica”, diz o iluminado geral em entrevista veiculada pelo streaming para o resto da imprensa e para..... o resto da rede, que só sabe das modificações quando as chamadas de rede feitas para tal já estão no ar.
E agora a “Folha de S.Paulo”, que pede o fim da TV Brasil num editorial. Eu vibrei de civismo quando senti, nas letras do editorial, o cheiro do espírito de democracia que exalavam. Como que o jornal que chegou a se autobatizar de “Mosca na Sopa” no sentido de incomodar, morre na toalhada do garção do restaurante popular desse jeito e falando isso! Só pode ser provocação! Para que? Para se tornar polêmico? Não precisa dessa babaquice neo-geek de quinta!
Certas atitudes quando divulgadas mostram que a mídia não toma o cuidado cultural como tomava antes. As legendas dos seriados da TV paga são as mais ridiculamente trash do sistema. Não sei como que o humor atual( pânico, CQC) ainda não pegou essa mote.
Eu não quero ficar caindo no rame- rame da velhice para ficar saudoso, saudoso de Nascimento Britto, Adolfo Bloch, Assis Chateaubriand, Rubens Berardo, Wallace Simonsen, da família Leuzi, da família Poubel e uma tonelada de picaretas que, depois de gerarem mal e politicamente a empresa que lhes pertencia, tornam difícil a estabilidade do mercado. Não dura muito e as concessões são regiamente vendidas para uma igreja qualquer.
Os piores vícios são os vícios de mercado. Todos nós dependemos dele(do mercado). Se rompem seu equilíbrio, já era. E são sempre os viciados que fazem merda.
Alguém vai dizer aqui que recebeu em dia quando trabalhava na Rádio Continental ?Ou que não teve que dobrar uma escala de trabalho quando tu era operador da Rádio Roquette Pinto? E trabalhar na Manchete? Era bom , não era? Além de aturar o Jaquito e o próprio Adolpho, tinha que aturar a “manchetinha” aquela cadela dinamarquesa que ficava solta no andar da redação, já que lá ficava também a direção- geral. E naquela redação da Ultima Hora que ficava na Rua Equador? Quando o canal cismava de feder, maninho, o mau cheiro ia até a Rua do Livramento 189, onde ficava “O Cruzeiro”.
Quando a Tupi foi obrigada a sair do armazém da Avenida Venezuela, que a justiça havia devolvido à Maria Teresa, filha de Chateaubriand, A Tupi , a Tamoio, a TUPI FM e a Meridional foram transferidos para a rua do livramento. Estúdios novos, ar condicionado funcionando e ambiente agradável entraram pela primeira vez na cabeça daqueles que viram, naquela mudança que o cuidado cultural também passa pela tecnologia e novidade. - Não teve gente que disse, em alegação e apelação perante a uma corte trabalhista, que as Associadas começaram a ficar no vermelho só por causa dessas obras e que esse foi o ponto final das alegações de que os interessados em que a rede ficasse no ar? Aí está a prova de que mídia no Brasil não suporta trocas. Nem no segundo tempo e nem para modernizar o equipamento. Vamos falar mais e mal disso em outra oportunidade.
Este é o post de número 600. Adoro fazer isso. Nasci para falar mal só de H. É tão bom brincar assim, sai da boca para fora. Dentro? nada disso. Na verdade eu sou gentiboa.

sábado, 1 de agosto de 2009

O que é Felicidade?

Charles Schultz diria pela boca do Snoopy que felicidade é................Minha mãe diria que Felicidade é não ter nenhuma dívida. Já minha prima Ingrid, que vive enrolada com cheque especial, felicidade é não ter nenhuma dívida pendente com o cartão de crédito.
Os Beatles foram felizes até o dia em que resolveram não se apresentar mais. A mesma coisa aconteceu com Brian Wilson, que entre ficar meditando numa caixa de areia e excursionar com os Beach Boys, preferiu a primeira opção, se viciou em cocaína e caiu numa depressão daquelas. A entrevista que ele deu à “Rolling Stone” durante esse período, narrando as diversas tentativas que o irmão Carl e o primo Mike fizeram para faze-lo voltar a razão são tragicômicas. Quanto ao irmão Dennis, esse quando soube pela polícia que integrava a lista das pessoas que seriam assassinadas pelos seguidores de Charles Manson, entrou numa trip descendente que fez todo um shape depressivo e drogado, até leva-lo ao suicídio.
Saber o que é a Felicidade é a verdade que o homem persegue desde que representou a fala com uma idéia gráfica. A epopéia de Gilgamés, que conta as histórias que a bíblia conta bem antes de Deus catar papel para escrevê-la, é uma narrativa de alguém em busca da felicidade plena.
Há quem considere a Odisséia de Homero outra dessas narrativas. Xenofonte narra em “A Retirada dos Dez Mil” o retorno à felicidade de se estar numa terra onde tudo é conhecido. Outra busca da felicidade está na Divina Comédia, enquanto o seu oposto está na santa Inquisição.
A igreja, dentro de sua filosofia sadomasoquista de elegiar o martírio, foi uma das instituições que tentou afastar a felicidade do homem. Alcançar a perfeição pelo sofrimento e pela flagelação é uma das contradições paradoxais que mais atormentaram a mente humana, pois para se alcançar a perfeição por essa via tem-se que ter fé- crença baseada em abstrações, completamente distorcida e desfocada da habilidade humana em interagir como coisas sólidas.
“Ver para Crer” é uma verdade filosófica que até a Igreja respeita e que nunca contestou diretamente. No sentido de coexistir com essa verdade absoluta que derrubava seu dogma de fé, a Igreja fez de Tomé um santo de porte e influência.
Eu, honestamente, descobri ontem a noite que felicidade era o baseado que faltava. Acompanhado de uma trilha sonora maneira, todas as minhas fraturas advindas do samba-canção da existência foram pensadas e relembradas. Foi ali que vi que a Solidão não vai acabar comigo nem meu mundo vai cair. Isso fica para as Dóris Monteiros, Maysas e Dolores Durans, que tão bem cantaram o samba-canção deprimido. E eu de deprimido não tenho porra nenhuma, maninho!

sexta-feira, 31 de julho de 2009

Beijo na Boca

O ILSOPE(Instituto Luiz Sergio de Opinião e Pesquisa) fez uma pesquisa com os sete leitores desse blog para saber o que eles gostam de ler aqui. E as historinhas que eu conto estão liderando a pesquisa! Realidade ou ficção, elas são um apanhado de meu imaginário do que eu presenciei em toda minha exposição na janela. Assisti a coisas inenarráveis, narráveis, comezinhas, fantásticas, medíocres, babacas, egocêntricas e a muita bobagem e muita bichice, temperadas com doses de prepotência e covardia insuportáveis. Como diria Devassa Snow- a aeromoça dos Stones, “foi uma l-o-u-c-u-r-a . Conte tudo. Não omita uma linha, mas não me comprometa”.
Ela( Devassa em pessoa) estava comigo na noite em que aconteceu o que vou contar aqui. Foi na noite de inauguração do “The Frenetic Dancin Days”, lá pelo meio da década de 70. O “Regine´s” rolava solto e lá dentro rolava de tudo. Mas, havia um problema. A disco-boite era para eleitos endinheirados e mesmo assim, aqueles que fossem considerados interessantes na porta, guarnecida com unhas e dentes por uma negona caribenha que 11 entre 10 machinhos da sociedade tavam a fim de comer, mas que não sabiam que ela desprezava uma cobra e adorava uma aranha.
Foi aí que Nelsinho Mota, dentro da filosofia “loucura para todos”, resolveu partir para casa disco de distribuição popular, dirigida à garotada e com bolações que deixariam Chez Regine ultrapassada. E foi o que aconteceu. Nelsinho alugou umas três lojas contíguas no Shopping Center da Gávea, descolou uma grana com financiadores ocultos e montou a casa, toda decorada que nem Teatro Moderno( paredes preto fosco que absorviam a luz, dando a impressão de um vazio absoluto), com um som condizente, um DJ que funcionava(Pelé) e cinco taxi- girls já programadas para virarem grupo vocal. A casa funcionava diáriamente e, no meio de cada session, as “Frenéticas” davam um pocket-show que temperava a coisa de uma forma interessante e agradável.(nota da redação: Nessa época, Leiloca ainda não era uma chata, Sandrão não tinha sido mãe de uma filha de Gonzaguinha e as futuras esposas de Zé Rodrix e Chico Anísio ainda eram solteiríssimas e muito mais que desejáveis).
E a noite de inauguração da nova casa foi um arraso. Nelsinho chegou triunfalmente, nada devendo a um Mick Jagger. Saltou de uma limousine negra, acompanhado de Marília e tomando “Moet & Chandon” pelo gargalo. Guilherme Araújo veio de fusquinha com chofer. A droga da moda era o Mandrix e quem se prezasse tinha que tomar, no mínimo, uns três antes de sair de casa. E assim, personalidades drakeadas iam chegando caindo pelas tabelas e muita gente legal com tráfego cinco estrelas: Ney Matogrosso, Rudy, Luiz Fernando, Luiz Maurício( só foi virar Lulu Santos bem mais tarde), Saulo Vidraça, Rodrigo Santiago, Celinha( sem Carlinhos de Oliveira), André Midani e Mônica, Boni, Maciel e Maria Cláudia e por aí iam os convidados a chegar e Nelsinho, mais pra lá do que prra cá, tentava acomodar a todos, dando uma de mestre de cerimônias.
Eu e Devassa fomos acomodados na mesa de Guilherme Araújo que, amigo que era, foi logo pedindo o Whisky existente a frenética que passou. E o lance rolando, a gente dançando, se acabando, cansando e sentando pra descansar. Numa dessas sentadas, aconteceu algo assaz interessante.
Tava eu rolando pelos astros distraído, quando alguém pisou no meu joanete de verdade, olhei e vi um cara vindo de costas e sentando no meu colo. Dei-lhe duas cutucadas de leve perguntando o que era aquilo. Ouviu-se o seguinte diálogo:
-Ihhh!!!! Ta me estranhando? Eu sou o Ronaldo!
E, ato contínuo , minha boca foi beijada cum selão daqueles de “instinto selvagem”.
Respondi:- “Meu amigo, tu errou de colo e e errou de beijo. Eu não sou quem você acha, porra!”.
Só depois do beijo, chocado, é que eu fui prestar atenção naquele rosto coberto de purpurina dourada.”Hmmmm, bem que você podia ser o Rick”, disse ele se levantando.
A cena, completamente inusitada ao meu machismo, levou Devassa Snow a melhor das gargalhadas.-“Hmmmmmm, Guerrinha! Conta que você gostou......Conta”.....
Fui gozado a noite toda pela Devassa, Guilherme, Ney e todo mundo que chegava e ouvia o acontecido. Fiquei meio puto.
Na saída, acomodei Devassa na garupa da moto, e, completamente bêbado, a deixei no prédio onde morava, na Francisco Sá. “Não vai subir?........Nem pra fumar unzinhu?.....
-Ah! Eu vou é dormir, porra. To cum gosto ruim na boca até agora”.
Devassa riu de novo e subiu. Eu? Fui pra casa direto. Não passei nem na Guanabara pra ver se tinha alguém.........
Uns três anos depois, Ronaldo Resedá lançou Lp e gravou aquele tema de novela(“Você sabe, Você sabe-Qual é a última moda da Ter-r-r-a”) E lá fui eu entrevistar o cara para uma matéria.
Chegando na sala de imprensa da Som Livre, olhei aquele cara e aquele jeitão me pareceu o de alguém conhecido. Ele apertou a minha mão, me convidou para sentar e foi perguntando:
-Não Lembra de Mim? Eu sou o Ronaldo. Não está mais me estranhando, está?